quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Patriotismo em um dia sem futebol



O sentimento que dá é de angústia. No cansaço de reconhecer as histórias de espoliação que o Brasil sofreu é isso que se sente. E já aconteceu tanta coisa, em tantos tempos, épocas, que dá a impressão até de que algumas pessoas se disseram brasileiras na tentativa de explorar mais um pouquinho e sair de cena. Se fosse no período colonial diria-se que era a exploração pela metrópole, se fosse na época da "América para os Americanos" diriam que era imperialismo estadunidense. E se a política dependesse só de quem está aqui? Se os governantes (ao menos aparentemente) não estivessem interessados em corresponder às expectativas do mercado internacional de forma alguma?

O que me faz desabafar é o conhecimentode de como "o Brasil" deixou escapar por entre os dedos uma das chances que tinha de ser um pouco melhor, um pouco mais "desenvolvido" - com o perdão da usualidade da palavra e da carga capitalista que carrega. Ops! Tá bom, Brasil, não vou tomar uma parte pelo todo. Deixa eu reconstruir o período: O que me faz desabafar é o conhecimento de como alguém proporcionou ao país o escape de uma chance de melhorar.

Em 80, como sabem os que tomaram conhecimento da Ditadura Militar, o país estava em crise. E o cenário internacional (dos países centrais) era de constante aperfeiçoamento da indústria eletro-eletrônica (para não citar outros setores). Muitos países percebiam a oportunidade de desenvolvimento e no Brasil "demoraram" a perceber isso. Até mesmo alguns países que passaram por crises históricas semelhantes ficaram alertas e não deixaram fugir a oportunidade de estabelecer uma operadora "global" de comunicações (o México, por exemplo).

Esta República teve sim aquela chance. Já estava com ela nas mãos, mas jogou fora. Um governante do país (a parte referida neste todo) cortou em pedaços a Telebrás (antiga empresa brasileira de telecomunicações) e vendeu igual a cuscuz de rua. Esses pedacinhos de cuscuz deram origem a empresas privatizadas que dominaram o mercado, impondo as suas condições e herdando a tecnologia que a Telebrás já tinha alcançado. São algumas empresas de telefonia mais populares do país e ainda empresas de telefonia celular: a Vivo (de controle espanhol), a TIM (de controle italiano) e a Claro (de controle mexicano) - sim, o mesmo México que resistiu, como aqui não se fez, ao capital estrangeiro.

E nós, consumidores, ficamos felizes quando ganhamos 30 minutos de bônus destas empresas no celular, o bônus que ajuda a financiar a empresa internacional. As mesmas empresas que substituem a geração de tecnologia nacional, a pesquisa, a inovação, a geração de emprego no país... Mas nós, antes felizes e agora pobres consumidores, não devemos levar tanta culpa, né? E, se levarmos, é porque a corda arrebenta do lado mais fraco. Mas a tensão está insidindo sobre os dois lados e, quando arrebenta, ninguém segura mais nada.

Bom mesmo seria se os eleitores e os políticos que elege(re)mos dessem valor às coisas daqui. O fortalecimento do mercado nacional, das instituições do país e de tudo mais que se construa em terras brasilianas se reverte em melhorias para o próprio país! E não pense você que esta preocupação se restringe às questões políticas e econômicas. A valorização deve ser cultural, ambiental, musical. Não é só futebolística, não.


Amazônia e sustentabilidade ambiental

A Amazônia, que possui por volta de 60% de sua área total localizada em território brasileiro, é a maior riqueza natural do país. Fonte de pesquisas ecológicas e hábitat de grupos nativos é, além disso, fonte de renda da exploração insustentável. No entanto, esta atividade descontínua e inconseqüente deve ter seus dias contados.

Estudos das conseqüências causadas pelo desmatamento desenfreado da floresta Amazônica no Brasil mostram que os efeitos não atingem somente regiões próximas às áreas desmatadas, chega a atingir estados do Sudeste e Centro-Oeste. Entre este efeitos está a diminuição do índice pluviométrico, que afeta negativamente a agroindústria e a geração de energia elétrica no país e pode inclusive gerar danos ao ciclo hidrológico da Argentina.

Uma medida considerável para evitar a ocorrência dos efeitos citados seria a completa proibição do desmatamento da Amazônia até que fossem permitidas áreas para exploração sustentável. O Governo Federal, com a garantia de que os proprietários de terra teriam acesso a lotes de área correspondentes aos a eles pertencentes, deveria implantar o desmatamento sustentável. Desta forma, não haveria resistência à ação: com a garantia de que não haveria prejuízo comercial.
Medidas fundamentadas deveriam ser tomadas com o trabalho do Governo Federal junto à Secretaria do Meio Ambiente dos Estados, promovendo palestras e atividades informativas de como os proprietários e trabalhadores praticariam a sustentabilidade de forma efetiva.
Com a noção dos riscos causados devido ao desmatamento irresponsável da floresta os proprietários de terra teriam motivação para evita-lo, com a consciência dos efeitos diretos e indiretos. Saber usar os recursos do planeta garante a continuidade de atividades no presente e para as futuras gerações.