quinta-feira, 27 de maio de 2010

De lua


Eu queria falar de coisa bonita. De planta, de flor, de céu. De coisa que a gente está acostumado a ver e a não perceber. De lua, de mar, daquele pedaço de mar encostado na areia. De lua, aquela que eu sempre procuro acima de mim. Mesmo embaçada clareia. Meu pai diz que ela vive correndo atrás da gente quando a gente viaja. Quando eu era pequena realmente acreditava. Hoje não, porque agora eu “analiso” antes de acreditar de qualquer jeito. Mas “perco tempo” imaginando a lua correndo atrás da gente, acima do carro, lá no alto do céu. Atrás dos morros, em paralelo aos fios dos postes, ao lado dela como corrimão. Atrás das casas, das altas e das baixas. Tenho o hábito de procurá-la. Procura-la lá. No céu. Não gosto de procurar nada, talvez goste de procurar a lua por já saber onde ela está. E a cada dia está diferente: clarinha num domingo após o meio dia, encarando de longe o sol; amarela em noite azul-marinho, intensa, formando o mais acentuado contraste das cores; sorrindo crescente em noite clara; redonda e baixa em noite com nuvens...Ela está sempre lá. Mesmo nova. Quando não está, está só se escondendo. Está só, se escondendo.

Um comentário:

  1. Adorei o texto...é seu mesmo?
    beijos, Renata(não estou logada no meu blog! rs)

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